Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgias Plásticas (SBCP), o Brasil está em 2º lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, atrás apenas dos Estados Unidos e o implante de silicone nos seios, lipoaspiração, abdominoplastia, mastopexia (cirurgia para levantar os seios) e mamoplastia redutora lideram essa lista.
No entanto, atualmente um dos procedimentos que também vem ganhando destaque é o explante mamário, que consiste na remoção das próteses de silicone da paciente. As principais motivações para que essa cirurgia seja realizada vão desde questões de saúde até estéticas.
Dentre as complicações de saúde, que podem levar ao explante, eu destacaria a contratura capsular, que ocorre quando surge uma membrana fibrosa e rígida ao redor do implante, criada pelo próprio organismo da paciente, o usos de próteses muito antigas com materiais que antes tinham prazo de validade (cerca de 10 anos), reações inflamatórias e nos casos de ruptura da prótese, que podem ocorrer em acidentes e grandes quedas, por exemplo.
Muitas pacientes me indagam, ainda, sobre a doença do silicone e embora ainda não exista uma comprovação científica sobre ela, eu diria que a ocorrência dessa doença rara está atribuída a sintomas que o implante poderia ocasionar, mas isso não é via de regra, ou seja, não quer dizer que quem coloca silicone vai ter essa doença. Fiquem tranquilas!
Contudo, se você tem próteses e apresenta um sintoma que nem os médicos nem os exames conseguem detectar a causa base do problema a retirada das próteses pode ser indicada, caso você tenha esse desejo. Feita essa retirada, pode se chegar a constatação se o sintoma, ou sintomas, vão persistir ou se vão deixar de existir.
E quando falamos em estética, isso quer dizer que o padrão de beleza muda muito ao longo dos anos, o que influencia a retirada ou colocada de silicone e em alguns casos as pacientes simplesmente não se identificam com um busto maior e desejam voltar a ter seus seios como eram antes da cirurgia.
Meu papel como cirurgião plástico é orientar e respeitar os desejos das minhas pacientes, sempre visando que elas tenham uma vida mais plena, ao sentirem-se confortáveis com seus próprios corpos.